segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Serpentina





















Não se sabe o certo a origem da serpentina. As primeiras notícias sobre o uso desse artefato carnavalesco, vêm de Paris e informaram que ela começou a ser usada em 1893, um ano depois do confete.
Alguns relatos dizem que a idéia surgiu quando um industrial percebeu a brincadeira que algumas telegrafistas francesas, faziam ao final do expediente, lançando umas sobre as outras as fitas de papel azulado dos telégrafos da época.

Batalha de confete




















As Batalhas de Confete, ou Batalhas de Flores, eram os nomes dados, no início do século XX, às promenades características do carnaval da elite carioca desde meados do século XIX.

Baseados nas "Batailles des Fleurs" do carnaval de Nice, esses eventos eram realizados na sofisticada, e recém inaugurada, Avenida Beira-Mar, no Rio de Janeiro.

A necessidade de se possuir uma carruagem, ou mais tarde um automóvel, fazia com que essa diversão fosse uma exclusividade das classes mais abastadas.


A principal característica das batalhas de flores, ou de confete, eram seu caráter inocente e familiar. A brincadeira consistia basicamente num passeio de carruagens (ou de automóveis) enfeitadas, que transportavam grupos de pessoas fantasiadas. Ao se cruzarem, os foliões lançavam uns sobre os outros, pequenos buquês de flores, confetes ou serpentinas procurando copiar os modos "civilizados" do carnaval de Nice.

A inauguração, no Rio de Janeiro, do eixo Avenida Central-Avenida Beira-Mar, em 1906, daria grande impulso à brincadeira que buscava ocupar o novo espaço urbano construído para o usufruto da burguesia.

O projeto de um carnaval sofisticado e exclusivo da elite, porém, acabaria esbarrando na proverbial esbórnia dos cariocas que deram um toque de esculhambação ao elegante divertimento fazendo com que as batalhas de flores se transformassem no chamado corso.

Confete



























O Confete apareceu pela primeira vez no carnaval de Roma sob a forma de "confetti", ou "confeitos" de açúcar que as pessoas jogavam umas sobre as outras nas ruas da cidade.

O confete de papel (geralmente branco, dourado ou prateado) foi noticiado pela primeira vez no carnaval de Paris, em 1892.

Um fato curioso: em razão do adiamento do carnaval carioca daquele ano para o mês de junho, a folia da cidade pode utilizar a novidade no mesmo ano em que fora lançada na Europa.

Rei Momo
















O Rei Momo é considerado o dono do Carnaval, é quem comanda a folia. Possui uma personalidade zombeteira, delirante e sarcástica. Vindo da mitologia grega, ele é filho do sono e da noite, e acabou expulso do Olimpo - morada dos deuses - porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades.

Lança perfume

















O lança perfume foi a grande invenção do carnaval brasileiro, surgiu em1906 no Rio de Janeiro e logo se espalhou de norte a sul do país.
Era fabricado na Suíça pela Rodo, e produzido em garrafinhas de vidro que provocavam grande número de acidentes.
Em 1927 a Rodo lançou o produto em embalagens metálicas douradas, que eram comercializadas com a marca Rodouro.
A finalidade era lançar perfume em cima das pessoas , mas infelizmente com o tempo passou a ser usado com outros fins, o que fez com que o governo proibisse.

Colombina



























A Colombina (em francês "pequena pomba") é uma personagem da commedia dell'arte, um gênero de teatro popular que surgiu na Itália, no século XVI. Em geral, aparece como uma serva ou empregada de alguma dama e é caracterizada como uma moça linda e inteligente, de humor rápido e irônico, sempre envolvida em intrigas e fofocas, apaixonada por arlequim, e amada em segredo pelo romântico Pierrot.

Arlequim



























Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos. Debochado, adorava pregar peças nos outros personagens e depois usava sua agilidade para escapar das confusões criadas. Outra de suas marcas-registradas era a roupa de losangos

Pierrot



























Seu nome original era Pedrolino, mas foi batizado, na França do século XIX, como Pierrot e assim ganhou o mundo. O mais pobre dos personagens serviçais, vestia roupas feitas de sacos de farinha, tinha o rosto pintado de branco e não usava máscara. Vivia sofrendo e suspirando de amor pela Colombina. Por isso, era a vítima preferida das piadas em cena. Não foi à toa que sua atitude, sua vestimenta e sua maquiagem influenciaram todos os palhaços de circo

Pierrot, Colombina e Arlequim

















Pierrot era o idealizador do amor, um clássico sonhador ingênuo e romântico. Ele amava Colombina, uma dama de companhia da corte.
Colombina amava tanto Pierrot como Arlequim, um sujeito fanfarrão, esperto e trapaceiro.
Arlequim gostava das coisas boas da vida e se assemelhava a um bobo da corte.
Esses personagens foram criados pela Comédia Dell’arte, surgida na Idade Média na Europa. Essas comédias eram espetáculos teatrais populares, sem texto fixo, e aconteciam nas ruas em pequenos palcos.
A história do Pierrot originou famosas fantasias, usadas até hoje em todo o mundo. São consideradas as fantasias mais antigas do Carnaval e se caracterizam por:
Pierrot está sempre com uma lágrima caindo de seu olho. Arlequim veste uma roupa feita de retalhos em losango de várias cores. Colombina está sempre bem vestida, com uma saia rodada, enfeite no cabelo e sapatilhas.

Carmaval

























Estudiosos divergem quanto a origem do termo Carnaval.
Para uns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C.
Uma outra versão é a de que a palavra Carnaval surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.