quinta-feira, 28 de março de 2013

Matrioshka





É um brinquedo tradicional da Rússia, constituída por uma série de bonecas, feitas de diversos materiais, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca).


A primeira Matryoshka foi pintada por Maliutin para ser exposta na feira internacional de Paris, em 1900 – onde ganhou medalha de ouro por sua originalidade –, hoje ela se encontra no Museu do Brinquedo, em Serguiev Posad.

Feitas em grupos de oito bonecas que se abrem, revelando outra série delas, representam a figura da família: a tradução literal de Matryoshka é “mãezinha” (mar = mater e oshka = diminutivo).

Além das típicas camponesas, há as que retratam personagens de contos de fadas, ícones da igreja ortodoxa russa e personalidades políticas e históricas.


Apesar de seu papel de destaque no riquíssimo artesanato em madeira da Rússia e de algumas versões do brinquedo já serem conhecidas no país desde o século XVII, as matryoshkas têm sua origem no Japão e apareceram apenas recentemente na arte folclórica russa: há pouco mais de cem anos.

Em 1890 um protótipo do brinquedo, representando um sábio budista, foi trazido do Japão e presenteado à legendária família de comerciantes Mamôntov, grandes patrocinadores das artes no virar do século.

Usando a boneca japonesa como modelo, o artesão Vassily Zvyôzdotchkin e o pintor Serguei Malútin criaram então a primeira matryoshka russa, batizando-a apropriadamente com uma variação do nome russo Matryona, que deriva de mat' (mãe).





segunda-feira, 25 de março de 2013

Páscoa judaica






A Festa de Pêssach, festejada no dia 15 do mês de Nissan do calendário lunar judaico do ano de 5773, correspondente ao dia 26 de março de 2013 do calendário universal, comemora a libertação dos filhos de Israel da escravidão egípcia, cerca de 1290 a.c.

A Festa de Pêssach, Festa da Liberdade, começa no dia 15 de Nissan e se prolonga por oito dias até entrarem no Mar Vermelho, quando, salvos, em terra firme, cantaram a Shirá, a canção de louvor a D´us.

Os judeus são proibidos de ingerir alimentos a base de fermento. Limpam-se as casas, para que não permaneça nenhum alimento fermentado (Chamêts), que simbolizam defeitos pessoais, altivez e orgulho; ocasião em que se faz exame de consciência dos atos e comportamentos, a erradicar da alma as más qualidades, o “fermento” que está dentro de si.

Matsá (Matsot), “pão da pobreza”, alimento que os antepassados judeus comeram na escravidão, lembrança da pressa com que saíram do Egito, nos momentos da libertação, quando não deu tempo para a massa fermentar, feita só de farinha e água.


 
Samuel Benchaya

Pessach






Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem), também conhecida como Páscoa judaica, é o nome do sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a festa dos pães ázimos (Chag haMatzot). 

De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando de acordo com a Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos.

Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas amargas (como o rábano, por exemplo). À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo.

Como recordação dessa liberação, e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituído para todas as gerações o sacríficio de Pessach.