terça-feira, 25 de março de 2008

sábado, 22 de março de 2008

sábado, 15 de março de 2008

Couronne de Napoléon

La couronne de Saint-Etienne


La couronne de Saint-Etienne, avec sa croix tordue, symbole de la Hongrie

Couronne de Louis XV


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Couronne de Louis XV (Musée du louvre)

Couronne de mariage
















Couronne de mariage ou « taj », de fabrication classique, utilisée exclusivement pour les cérémonies de présentation de la mariée. Or ajouré, incrusté d’émeraudes, rubis, saphirs, aigue-marines et diamants taillés en rose. La décoration du haut du taj est constituée principalement de deux colombes en vis à vis enserrant une couronne.

Petit diadème














 
Petit diadème en or ajouré, serti de diamants taillés en rose.
Décor de colombes de part et d'autre de la pièce centrale.
Fabrication citadine - Milieu 20ème siècle.

Diadème de mariage-Détail.





















Diadème en or ajouré, portant en son centre une étoile à cinq branches ,sertie d'un cabochon d'émeraude et entourée de cinq rubis et d'une émeraude taillée.
Fabrication citadine - Milieu 20ème siècle.

Couronne de la Torah





























L'une des parures de la Torah est cette couronne (nommée Kether Torah), parfois en argent ou en vermeil, fixée au sommet des deux axes de bois des rouleaux de la Torah. Quand la Torah sort de l'arche sainte (Aron ha-kodesh), elle est emballée dans son mantelet et coiffée de cette couronne ; elle est alors transportée processionnellement jusqu'à l'estrade de lecture.
Prêt du Consistoire Israélite de la Moselle

Tiaras e coroas











































Jóias Russas

As jóias imperiais russas têm mais de mil anos de história. Muitas das primeiras peças da joalheria russa são similares em estilo às jóias usadas nas cortes do império bizantino. Durante vários séculos, o estilo pouco se modificou. Foi somente com o imperador Pedro I, conhecido como "O Grande", que a Rússia iniciou com o ocidente trocas de cultura e experiência nos mais variados campos. Por causa disto o estilo da joalheria russa modificou-se para sempre. A grande influência dos estilos de joalheiros estrangeiros, combinada à criatividade dos joalheiros russos, terminou por estabelecer uma grande e importante indústria joalheira na Rússia. Entre os mais famosos joalheiros desta nova indústria de jóias russa está a casa Fabergé.




























































As jóias do czar

Peças Fabergé, decoradas com ouro e pedras preciosas:
produzidas originalmente para os czares da Rússia

Há cerca de dois anos, grandes marcas internacionais começaram a desembarcar no Brasil. O ponto das griffes de moda como Kenzo e Versace, de objetos como as canetas Mont Blanc e de peças de decoração como os cristais Baccarat é o bairro dos Jardins, em São Paulo. Ali fica, provavelmente, a área de compras mais caras do país. Entre as novidades surpreendentes que chegaram à região está a única loja da marca Fabergé na América Latina. Ela vende réplicas das peças criadas pelo joalheiro russo Carl Fabergé no século passado. São vasos, cinzeiros, pratos e ovos de porcelana e cristal, incrustados com pedras e metais preciosos e feitos por artesãos credenciados pela família Fabergé. Das 460 peças que a galeria importou na primeira leva, há cinco meses, já vendeu 300. Os preços variam de 10.000 reais (um porta-caviar de cristal transparente com bronze banhado a ouro de 22 quilates) a 250 reais (o cinzeiro de porcelana).

As jóias, os vasos, os objetos e, principalmente, os ovos Fabergé são famosos em todo o mundo. Primeiro porque são obras de arte. E depois porque carregam uma história de nobreza. Os ovos imperiais, a marca registrada criada por Fabergé, foram desde 1884 e durante décadas o presente de Páscoa oficial dos czares da Rússia às suas mulheres. Eles eram uma versão sofisticada daqueles ovos de galinha pintados tradicionalmente pelas mães ucranianas para presentear as crianças. O czar quis surpreender a czarina e encomendou o mimo ao joalheiro da corte. Fabergé fez um ovo de metal esmaltado branco, bordado com ouro, que se abria e trazia dentro uma miniatura: uma galinha pondo um outro ovo dourado.

O presente fez tanto sucesso que Fabergé produziu mais 55 desses ovos, por encomenda dos czares, decorados com motivos folclóricos russos ou com figuras da História do império. As peças originais estão, atualmente, no acervo de alguns dos maiores museus da Europa e dos Estados Unidos e em coleções particulares. O que se encontra para comprar em lojas como a que abriu em São Paulo são cópias. Mas são reproduções magníficas. Cada série de réplicas de ovos imperiais de porcelana tem tiragem limitada de 500 unidades numeradas.
Cintia Valentini

































































Opera Turandot de Puccini































A Princesa Turandot, filha do Imperador Altum da China, odeia todos os homens, e jura que jamais se entregará a nenhum deles; isto devido a um fato ocorrido na família imperial que a traumatizou para sempre: o estupro e assassinato da princesa Lo-u-Ling, quando os tártaros invadiram e conquistaram a China. Seu pai, porém, exige que ela se case, por razões dinásticas, e para respeitar as tradições chinesas. A princesa concorda; porém, com uma condição: ela proporá três enigmas a todos os candidatos, que arriscarão a própria cabeça se não acertarem todos os três, e somente se casará com aquele que decifrar todas as três duríssimas charadas. A crueldade e frieza da princesa não fazem mais do que atiçar a paixão do Príncipe Desconhecido, filho do deposto rei dos tártaros, que decide arriscar a própria vida para conseguir a mão da orgulhosa princesa. Ele consegue, após a derrota de todos os outros candidatos, até porque é o único que compartilha da natureza sádica e egoísta da princesa, sendo capaz de entendê-la.

Madame Butterfly























A história da trágica união entre um tenente da marinha norte-americana e uma japonesa. Ópera de Puccini.








Personagens
:


Cio-Cio-San (CHO-cho-sahn), conhecida como Butterfly (borboleta), uma jovem gueixa japonesa.

Tenente B.F. Pinkerton, um oficial da Marinha dos Estados Unidos.

Sharpless, O Cônsul norte-americano e amigo de Pinkerton.

Suzuki (soo-ZOO-kee), criada de Butterfly.

The Bonze (BAHNZ), tio de Butterfly, um monge budista.

Goro (GOH-roh), seu casamenteiro.

Yamadori (yah-mah-DOH-ree), um nobre japonês.

Kate Pinkerton, a esposa norte-americana do Tenente Pinkerton.

Sorrow, filho de Butterfly e Pinkerton.






































































































































































































A cerimônia do Chá

A cerimônia do Chá - Muito mais que ritual ou tradição!

A cerimônia do chá - chamada em japonês de sadô, chadô ou chanoyu - é muito mais do que um ritual estilizado de servir chá verde em pó numa atmosfera serena, é uma filosofia de vida que há séculos vem influenciando muitos aspectos da vida dos japoneses. O chá verde em pó (macha) foi introduzido no Japão no final do século XII por monges zen-budistas que chegavam da China. A partir do século XIV, espalhou-se entre a classe alta o hábito de fazer reuniões sociais para tomar chá, notadamente para a apreciação de pinturas. Sob a influência dos samurais, na época a classe dominante na sociedade japonesa, desenvolveram-se certas regras a serem seguidas pelos participantes das reuniões de chá e foi essa a origem do chadô (literalmente, "Caminho do Chá"). No início, as reuniões de chá eram caracterizadas pela ostentação, sendo somente no final do século XV que o monge zen-budista Murata Juko (1422-1502) passou a incentivar a prática da cerimônia do chá em salas pequenas e com poucos utensílios. Outro monge, Sen no Rikyu (1522-1591), deu a estrutura definitiva para a cerimônia do chá, no final do século XVI, ligado à filosofia zen, Rikyu pregava o espírito wabi (desprendimento, simplicidade, eliminação do supérfluo) para a cerimônia do chá, o que também se tornaria a essência da arte japonesa. Rikyu, considerado o maior de todos os mestres de chá, identificou os quatro princípios que guiam as regras do Caminho do Chá: harmonia (wa), respeito (kei), pureza (sei) e tranqüilidade (jaku); Uma frase sintetiza bem o significado do chadô: ichigo, ichie ("um momento, um encontro"). O chadô ensina que se deve viver todo momento intensamente, pois ele é único, não se repete. Outro conceito importante da cerimônia do chá é "kokoro ire" (colocar a alma), pois o anfitrião procura pôr toda sua alma na reunião de chá e executa seu papel com o propósito de criar uma atmosfera na qual o convidado possa encontrar tranqüilidade. Após a morte de Rikyu, seus ensinamentos foram passados de geração a geração, por seus descendentes e discípulos, formando-se assim diversas escolas, das quais a que tem maior número de seguidores é a Escola de Chá Urasenke, dirigida desde 1964 por Soshitsu Sen, 15ª geração de grão-mestre de Urasenke.


A origem Chinesa do Chá!!

Bebe-se mais chá em todo o mundo que qualquer outra bebida, e por trás desta infusão de todos os dias, por trás das caixas de chás e das prateleiras de chás dos armazéns, há uma história colorida e fascinante que tece o seu caminho através da História cultural e social de muitas nações. Segundo a lenda chinesa esta história misteriosa tem origem na descoberta das qualidades benéficas do chá pelo imperador Shen Nung erudito e um herborista que, por razões de higiene, só bebia água fervida. Conta-se que um dia, no ano de 2737 a.C., Sheng estava sentado a descansar à sombra de uma árvore selvagem de chá, quando uma leve aragem agitou os ramos e fez algumas folhas cair suavemente na água a ferver. O imperador achou a infusão deliciosamente refrescante e revitalizante, e assim se conta que foi "descoberto" o chá. Não é possível saber se Shen Nung realmente existiu ou se é simplesmente a personificação mítica das diferentes fases agrícolas, herborísticas e culturais da China antiga. Sabe-se que a China não estava unificada como um Império antes do século IV a. C. sendo portanto pouco provável que já existisse um Imperador numa época tão remota como 2737 a. C.. Mas, quaisquer que sejam as origens desta bebida, é um fato aceito por todos os eruditos que já nessa época o chá era uma bebida popular na China. Só há, no entanto, referências escritas às folhas do chá no século III aC., quando um famoso cirurgião chinês as recomenda pelo aumento de concentração e vivacidade que proporcionam, e um general escreve a um sobrinho pedindo que lhe envie um pouco de chá de "boa qualidade" porque sente-se velho e deprimido. Mesmo o aparecimento em registros antigos da palavra "tu" para designar chá dá origem a uma certa confusão, porque o mesmo caractere é usado em chinês tanto para designar chá como para semente de cardos. A identificação era feita através da pronúncia cuja distinção foi decretada por um imperador da dinastia Han, algures entre 206 a.C. e 220 d.C., estabelecendo que quando se quisessem referir a chá, o caractere devia pronunciar-se "cha". A partir do século VIII d.C. torna-se mais fácil seguir a história do chá porque um dos traços verticais do caractere desaparece e o chá adquire o seu próprio caractere individual. Até ao século III a. C., a bebida era preparada sobretudo como medicamento ou tônico, com as folhas verdes apanhadas de árvores de chá não cultivadas. Para corresponder às necessidades crescentes de mercado e garantir uma colheita regular, os camponeses começaram a cultivar arbustos de chá nos seus pequenos lotes de terra, e a desenvolver um sistema de secagem e processamento.

A popularidade do chá em toda a China cresceu rapidamente durante os séculos IV e V e foram-se estabelecendo novas plantações nas colinas ao longo do vale do rio Amarelo (Yangtze). O chá é oferecido aos imperadores como presente, começa a aparecer nas tabernas, armazéns de vinho e casas de massas alimentícias, e está registrado como tendo sido usado (em forma de bolos prensados feitos de folhas verdes passadas pelo vapor) como moeda de troca com os turcos em 476 d. C. Os mercadores de chá enriqueceram, e os oleiros, ourives e prateiros começaram a manufaturar luxuosos e elegantes serviços de chá, que simbolizavam a riqueza e estatuto social dos seus possuidores. Os animados tempos da Dinastia Tang (618--906 a.C.) são muitas vezes referidos como a "idade de ouro" do chá. O chá deixara de ser um simples tônico medicinal para se transformar numa bebida que se tomava tanto por prazer como para restaurar energia. A preparação e o servir da bebida transformou-se numa cerimônia elaborada, enquanto o cultivo e o processamento da folha eram rigorosamente controlados por rígidas leis que determinavam quem deveria fazer a colheita, quando e onde devia ser armazenada, como deviam ser manejadas as folhas acabadas de apanhar, e a higiene pessoal e alimentação das jovens do sexo feminino que apanhavam o chá, alho, cebolas, e especiarias fortes estavam estritamente proibidas para que o seu odor nas pontas dos dedos não contaminasse as delicadas folhas. O chá tornou-se suficientemente importante nesta época para que um grupo de comerciantes pedissem ao escritor Lu Yu (733-804 d.C.) que compilasse o primeiro livro alguma vez escrito sobre o chá. O "Chá Chang", conhecido como o "clássico dos chás", descreve todos os aspectos possíveis, desde as origens e características da planta, as suas diferentes variedades, o processamento, a folha e os utensílios necessários, a infusão, o equipamento, as qualidades da água nas diferentes zonas, as virtudes medicinais e as tradições de beber chá.

Durante a Dinastia Tang, as folhas novas, acabadas de apanhar, eram passadas pelo vapor, esmagadas, e a seguir misturadas numa pasta com sumo de ameixa que atuava como cola natural para unir as partículas solidamente umas às outras e essa pasta era deitada em formas, prensada em bolos, e cozida no forno até secar. Para fazer a infusão de uma xícara de chá, esse bolo era cozido no fogo até estar suficientemente maleável para ser esmagado num pó que era depois fervido em água. Em algumas regiões da China, acrescentava-se sal, o que dava ao chá um ressaibo amargo, no entanto os aromas mais comuns eram cebolas doces, gengibre, casca de laranja, cravo e hortelã, que se jogavam na água antes ou depois de ferver nela o chá. Mais tarde, durante a Dinastia Song (960--1260 d. C.), o bolo de chá prensado passou a ser moído num pó muito fino e batido em água a ferver de maneira a produzir um líquido espumoso que depois de beber a primeira xícara, acrescentava-se ao chá em pó mais água a ferver, batia-se mais uma vez e ficava pronto para beber. Esta operação podia repetir-se até sete vezes usando sempre o mesmo chá. Na Dinastia Tang os aromas adicionais foram rejeitados a favor de aromatizantes mais sutis tais como os óleos essenciais do jasmim, e das flores do lótus e do crisântemo. Até à Dinastia Ming (1368-1644 a.C.), a China só produzia chá verde, os bolos de chá prensado dos impérios precedentes conservavam-se bem e viajavam sem problemas servindo para moeda de troca de operações comerciais em países distantes. No entanto, o chá da Dinastia Ming deixou de ser enformado em bolo e passou a ser deixado em folha soltas, passadas pelo vapor ou secas, que não se conservavam bem e perdiam rapidamente o aroma e o sabor. À medida que o comércio externo aumentava, e se tornava necessário que o chá mantivesse as suas qualidades durante viagens para continentes tão longínquos como a Europa, os cultivadores chineses, conscientes do lucro, desenvolveram dois novos tipos de chá: o chá preto e o chá com aroma de flores! Houve uma época em que se julgava que o chá verde e o chá preto provinham de plantas diferentes, mas a verdade é que todos os tipos de chá têm como base as folhas verdes do mesmo arbusto. Os produtores da Dinastia Ming descobriram que podiam conservar as folhas fermentando-as primeiro ao ar até se tornarem de um vermelho acobreado e interromper a seguir a decomposição natural através de cozimento no forno e foi assim que, embora as primeiras importações de chá pela Europa fossem de chá verde em folha, a moda mudou gradualmente à medida que os cultivadores Ming adaptavam os seus métodos de produção às necessidades do mercado.

O chá: Da China para o Japão!!

Na história do Japão consta que o imperador Shomu serviu chá no seu palácio a cem monges budistas; uma vez que nessa época não se cultivava chá no Japão, as folhas já processadas devem ter vindo da China. Julga-se que as primeiras sementes para plantação tenham sido trazidas para o Japão por Dengyo Daishi, um monge que estudou na China durante dois anos, de 803 a 805 d.C. Quando regressou ao Japão plantou as sementes nos terrenos do mosteiro e, segundo se diz, cinco anos depois serviu chá das suas primeiras plantações ao imperador Saga, que teria apreciado tanto a nova bebida que deu ordem para que se cultivasse chá em cinco províncias próximas da capital. Entre o fim do século IX e o século XI, as relações entre a China e Japão deterioraram-se e assim, o chá, sendo um produto chinês, caiu em desgraça e deixou de ser bebido na corte. No entanto, os monges budistas japoneses continuaram a beber chá para mais facilmente se manterem acordados e concentrarem-se melhor durante os períodos de meditação. No princípio do século XII, a situação entre as duas nações melhorou, e Eisai, um monge japonês, foi o primeiro a visitar a China nesse período. Regressou trazendo mais sementes de chá e com o novo hábito chinês de beber chá verde em pó. Trouxe também consigo a compreensão dos ensinamentos da seita budista Zen Rinzai. O costume de beber chá e as crenças budistas desenvolveram-se paralelamente e, enquanto os rituais relacionados com o beber chá foram desaparecendo na China antiga, os japoneses desenvolveram-nos e transformaram-nos numa cerimônia complicada e única. Ainda hoje a Cerimônia Japonesa do Chá, Cha-no-yu, exige um padrão preciso de comportamento com a finalidade de criar um intervalo de quietude durante o qual tanto o hospedeiro como os convidados tentam atingir paz espiritual e harmonia com o universo. Em 1906, Okakura Kakuzo escreveu no seu Livro do Chá: "O ritual do chá é um culto fundamentado na adoração do belo entre os fatos sórdidos da existência diária. Transmite pureza e harmonia, o mistério da caridade mútua, o romantismo da ordem social." A Cerimônia do Chá capta todos os elementos essenciais da filosofia japonesa e da beleza artística, e entrelaça quatro princípios: a harmonia (com as pessoas e com a natureza), o respeito (pelos outros), a pureza (do coração e do espírito), e a tranqüilidade. Como escreve Kakuzo, "O chá é mais do que uma idealização da forma de beber; é uma religião da arte da vida." A cerimônia, com a duração máxima de quatro horas, pode ter lugar em casa, numa sala especial destinada a essa finalidade, ou numa casa de chá.

Chá: Termos e expressões!

O Kanji ao lado (chá) tem duas leituras: a leitura chinesa (on'yomi), que é "SA" e a leitura japonesa (kun'yomi), que é "CHA". Ambos significam chá. Dentre os chás, podemos citar alguns mais destacados como o "ryokucha" (chá verde), o "kôcha" (chá preto) e o "chairo" (cor castanha)! Também existem muitos termos associados à esta cerimônia, pois o "chado", com o passar do tempo, foi estabelecendo uma linguagem própria, técnica, com o intuito de retratar fielmente acontecimentos específicos. Dentre esses termos, é necessário ressaltar:

BASARA - Brilhante
CHABANA - Enfeite de flores colocada no tokonoma.
CHADO - Caminho do chá
CHAJIN - Homem do chá
CHANOYU - Cerimonia do chá
CHASHITSU - Cabana de chá
CHA-YORAI - Reunião de chá
HASHI - Pauzinhos de bambo ou de madeira laqueada usados para comer; quando de metal, são utilizados exclusivamente para mexer o carvão.
JAKU - Tranqüilidade
KAISEKI - Refeição ligeira. O termo japonês para essa refeição, vem do nome dado a uma pedra aquecida que os monges zen usavam para aliviar o estomago das dores causadas pela fome e frio.
KAKEMONO - Pintura ou caligrafia sobre papel ou seda, montada sobre um rolo de papel geralmente emoldurado com brocado. Pode ser vertical ou horizontal e é colocado comumente no Tokonoma.
KEI - Respeito
KOAN - Poema em forma de sentença ou questão que propõe um dilema mental.
NIJIRIGUCHI - Entrada estreita
ROJI - Caminho orvalhado, jardim
SEI - Pureza
TOKONOMA -Alcova típica do estilo arquitetônico "Shoin". É o lugar mais nobre da sala de chá, usado para expor pinturas, caligrafias, arranjos florais e outros objetos artísticos. O lugar mais próximo ao Tokonoma é reservado para a visita de honra.
WA - Harmonia
WABI - Desprendimento, simplicidade

Dentre esse "universo particular" criado em torno dessa cerimônia, podemos citar expressões que foram criadas e são amplamente utilizadas pelos praticantes, todas associadas diretamente com o termo e a descrição "chá":
"Ichigo, ichie" ("um momento, um encontro") - O chadô ensina que se deve viver todo momento intensamente, pois ele é único, não se repete, além de marcar a transitoriedade e profundidade da cerimônia do chá.
"Kokoro ire" (colocar a alma) - O anfitrião procura pôr toda sua alma na reunião de chá e executa seu papel com o propósito de criar uma atmosfera na qual o convidado possa encontrar tranqüilidade.
"Furyu" (fluir como o vento)
- O anfitrião deve deixar fluir com espontaneidade, no sentido de estar também partilhando o momento e deixando ser ensinado por ele.
"Chato hyakushôwa shiboruhodo deru" - Lavrador é como chá: rende tanto quanto se exigir dele.
"Ochani suru" Fazer uma pausa (para o chá); - descansar um pouco.
"Chawa nemurio tsuru tsuribari" Literalmente, "chá é o anzol que fisga o sono". Ou seja, é a bebida ideal para espantar o sono.
"Ochao nigosu" - Evadir-se, esquivar-se, temporizar.

Utensílios e objetos utilizados na cerimônia do chá!

Resumidamente, a Cerimônia do Chá, é:

O Tchâ-no-yu ( Cerimônia do chá ) ou Sadôo ( literalmente, o caminho do chá ), é um sentimento que dificilmente pode ser expresso por palavras. Desenvolvida sob influência do budismo Zen (cujo objetivo é purificar a alma do homem, confundindo-a com a natureza), de certa forma pode-se dizer que o chanoyu é a materialização do empenho intuitivo do povo japonês pelo reconhecimento da verdadeira beleza na modéstia e simplicidade.
O Tchâ-no-yu tem desempenhado um importante papel na vida artística do povo japonês, pois envolve a apreciação do cômodo onde é realizada, o jardim que o circunda, os utensílios utilizados, a decoração do ambiente. Representando a beleza da simplicidade estudada e da harmonia com a natureza, o espírito do Tchâ-no-yu moldou o desenvolvimento da arquitetura, jardinagem paisagística, cerâmica e artes florais no Japão.

História
O hábito de tomar chá teve origem na China, durante a dinastia Han (sec. I e II). Dada a sua preciosidade, inicialmente foi usado como remédio, mas com o tempo passou a ser bebida de imperadores, nobres, sacerdotes, notadamente da seita Zen.
No século XII, quando o budismo Zen se firmou no Japão, o monge Eisai introduz o uso da Macha (chá em pó) oriundo da China e que substitui o chá em tijolo, usado desde o século VII.
No silêncio dos mosteiros Zen, onde os monges tomavam chá para se manter em vigília e meditação, aos poucos foi se desenvolvendo uma filosofia de vida que deveriam encontrar sua realização no chadô e sua cristalização estética no Tchâ-no-yu ou Cerimônia do Chá.
Coube a Murata Shuko (1422-1502), natural de Nara, unificar definitivamente o ideal do chá com a filosofia Zen: estabeleceu a medida de 04 tatamis (esteira) e meio para sala de chá - medida até hoje obedecida; utilização de cerâmica japonesa ao invés da chinesa; e introdução de um kakemono (rolo de caligrafia chinesa contendo um poema ou pensamento). Criou o daisu - pequena estante para abrigar os objetos cerimoniais e ainda elaborou um regulamento para a cerimônia, baseado no código de honra dos samurais, o Bushidô e na etiqueta seguida pelos monges Zen durante as refeições.
No século XVI,o Mestre Sen-no-Rikyu com base no espírito do Zen, deu estrutura definitiva à cerimônia do chá. Criou a cabana do chá, imbuída de espírito wab (desprendimento), cabana rústica de camponês, paredes toscas, teto de bambu ou de caniço, decoração sóbria. Baseou-se ainda em quatro princípios a essência da cerimônia: Wa (harmonia), Kei (respeito), Sei (pureza) e Jaku (tranqüilidade).
Após a morte de Sen-no-Rikyu seus ensinamentos foram transmitidos aos seus descendentes e discípulos. Á época de seus tataranetos três diferentes escolas foram fundadas: Omotensenke, Urasenke, Mushakojinsenke e continuam em atividade até hoje.
Para o povo japonês, o tchâ-no-yu é uma disciplina mental para conseguir chegar ao "wabi" ( estado mental no qual a pessoa é calma e feliz, com profunda simplicidade ); é, ao mesmo tempo, um acontecimento em que são essenciais a forma e a graça.

Cerimônia
As regras rigorosas da etiqueta do tchâ-no-yu que podem parecer penosas e meticulosas à primeira vista são, de fato, calculadas minuto a minuto, a fim de obter a maior economia de movimentos e, na verdade, agrada aos iniciados assistir a sua execução, especialmente quando realizada por mestres experimentados.

São utilizados os seguintes lugares, coisas e materiais:
1) Casa de chá ou sukiya – Consiste em uma sala de chá (cha-shitsu), uma sala de preparo (mizu-ya), sala de espera (yoritsuki) e de um caminho ajardinado (roji) que leva a entrada da cada.

2) Utensílios – Na cerimônia se usa principalmente: shaire (recipiente do chá), shasem (uma espécie de vassourinha de chá feita de bambu para mexer o chá).

Kama e Furô (chaleira e braseiro): Kama contém a água e é posta sobre o furô para ferver (no inverno, cria-se um ro, ou lareira no chão, removendo-se parte das placas do soalho).
Mizusashi: um jarro. A água por ele contida é usada para lavar o tchawan (tijela de chá) ou é despejada no kama.
Kensui: pote em que se despeja a água usada para lavar o tchawan.
Tchawan: pequena tijela para o chá.
Hishaku: concha para despejar água.
Ussuki ou Natsume: recipiente de Iaca para o ussutchá (chá em pó).

3) Trajes e acessórios – roupas de cores discretas. Em ocasiões formais, os homens vestem quimono de seda, de três ou cinco brasões de família estampados e tabi (meias brancas ou tradicionais). As mulheres vestem um quimono conservador brasonado e tabi. Os convidados devem trazer um pequeno leque dobrável e uma almofada de kaishi ( pequenos guardanapos de papel).

A cerimônia, de forma simplificada, consiste em:
1) primeira sessão na qual uma refeição ligeira denominada kaiseki é servida;
2) o nakadachi (breve pausa);
3) gozairi, a parte principal da cerimônia onde o koicha (chá de textura espessa é servido)
4) ingestão do usucha ( chá de textura fina).
Ao todo a cerimônia consome em média 4 horas.

Enfim, o Japan Project tem a intensão de divulgar, toda e qualquer forma de aspecto da cultura japonesa, não somente os estilos que mais conhecemos ou gostamos, como o Tokusatsu, Anime e Mangá, mas falar do Japão como um todo, abrangendo tudo aquilo que faz parte de seu estilo e de sua estrutura, e fazer isto sem mencionar assuntos como a Cerimônia do Chá, suas lendas, costumes, Samurais, Gueixas e artes marciais, seria o mesmo que mencionar o Brasil, sem falar em futebol! Desta forma, acreditamos que mostrar, em detalhes, todos os procedimentos, sentimentos e disciplina que compõem esta misteriosa e complexa cerimônia, é uma forma de entender e explicar o estilo de vida desse povo que cultua tanto o espírito, a hamornia e o respeito e que antes de ser taxado por nós ocidentais, como "estranho", "esquisito" ou "sem sentido" por não compreendermos tais procedimentos tão complexos, devemos sim, respeitar e entender que eles possuem uma cultura milenar e não de centenas de anos apenas, como a nossa!

Fontes de pesquisa:

Sociedade Brasileira de Bugei