terça-feira, 27 de maio de 2008

Contos das Mil e Uma Noites


Sherazade

Chariar tendo sido traido por sua esposa, mandou cortar o pescoço dela, das escravas e dos escravos. Depois, ordenou a seu vizir que trouxesse uma jovem virgem. Como vingança por ter sido traido, Chariar cada noite casava-se com uma moça diferente e, passada aquela noite, matava-a. Não cessou de agir assim por três anos.

Os seus súditos viviam entre gritos de dor e, aterrorizados, fugiam com as filhas que lhes restavam. Não ficou na cidade jovem alguma em estado de servir aos ímpetos do rei. Nesse ínterim, o rei ordenou ao vizir que lhe trouxesse outra jovem, como de costume.


O vizir saiu e procurou, mas não encontrou jovem alguma. Todo triste, aflito, voltou para casa, com a alma cheia de terror, por causa do rei. Ora, esse vizir tinha também duas filhas, cheias de beleza. O nome da mais velha era Sherazade e o da mais nova, Doniazade.

Sherazade, tinha lido os livros, os anais, as lendas dos reis antigos e as histórias dos povos passados. Possuía milhares de livros de histórias referentes aos povos e aos tempos passados, e sobre os reis da antigüidade, e os poetas. Ela era muito eloqüente e agradável de se ouvir. À vista de seu pai, ela falou:
- Por que vos vejo assim, meu pai, tão mudado, carregando o fardo de desgostos e aflições? Nada pode durar; toda alegria se evapora e todo o desgosto se esquece!
Quando o vizir ouviu aquelas palavras contou à filha tudo quanto havia acontecido desde o começo até o fim, no que se referia ao rei. Então Sherazade lhe disse:
- Por Alá, ó pai, casa-me com esse rei, porque ou viverei, ou serei um resgate para as filhas dos muçulmanos e a causa da libertação delas das mãos do rei!
Ele lhe respondeu:
- Por Alá, conjuro-te. Não te exponhas assim jamais ao perigo!
Sherazade retrucou:
- É necessário fazer isso.
O vizir, sem insistir, mandou preparar o enxoval da filha, depois subiu para prevenir o rei Chariar.
Durante este tempo, Sherazade fez recomendações à sua jovem irmã:
- Quando eu estiver junto do rei, mandarei chamar-te, e quando chegares e vires que o rei terminou seu assunto comigo, tu me dirás: “Ó minha irmã, conta-me contos maravilhosos que nos façam passar a noitada!” Então eu te contarei contos que, se Alá quiser, serão a causa da libertação das filhas dos muçulmanos!
Seu pai, o vizir, veio buscá-la e subiu com ela aos aposentos do rei. Quando o rei quis tomar a jovem, ela se pôs a chorar e o rei lhe perguntou:
- Que tens?
Ela respondeu:
- Rei! Tenho uma irmãzinha a qual desejo dizer adeus.
Então Chariar mandou buscar a irmã, que veio e se atirou ao pescoço de Sherazade, e acabou por se acomodar ao pé do leito. Depois do rei ter tomado Sherazade como esposa, os três começaram a conversar. Então, Doniazade disse à Sherazade:
- Conjuro-te, por Alá! Ó minha irmã, conta-nos um conto que nos faça passar a noite!
Sherazade lhe respondeu:
- De todo o coração e como tributo de homenagem devida! Se contudo, assim permitir este rei bem educado e dotado de boas maneiras!
Quando o rei ouviu aquelas palavras, e como aliás tinha insônia, não se aborreceu por ouvir o conto de Sherazade. Ao amanhecer, Sherazade estava começando uma nova história. O rei, muito curioso para saber do desfecho, decidiu não matar a moça, para que ela concluisse seu conto na noite seguinte. Assim foi acontecendo todas as noites. O rei Chariar foi ficando apaixonado por Sherazade e após mil e uma noites, resolveu ficar com ela para sempre...




sábado, 24 de maio de 2008

Amor platônico

Segundo Platão

“Os Deuses deram-nos tudo para que nos sentíssemos bem, no entanto o Homem tornou-se ganancioso, querendo fazer um mundo por ele próprio, só para ele, achando-se assim comparável aos Deuses. Por esta irreverência, os Deuses juntaram-se e castigaram-nos: separaram cada ser humano da sua metade. A partir desse momento cada uma das metades deixou de saber quem era, andando perdidas por aí, sempre à procura... à procura de algo que as guiasse... "
Ainda hoje se diz que o Homem continua à procura da sua cara metade, da sua alma gémea. Esta, segundo Platão, nunca será encontrada pois estará sempre destinada a permanecer longe. E quando, por ventura, se encontra mesmo em frente aos nossos olhos, nós não a vemos e deixamo-la escapar.O Amor Platónico é então um amor sem relacionamento físico; um amor idealizado que só se consegue com a alma gémea; é um amor desejado e perfeito por alguém parecido a nós que nos satisfaz em todas os aspectos.



sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pra dizer Te amo em todas as línguas...



Africano - Ek het jou liefe
Albânio - Te dua
Alemão - Ich liebe dich
Alentejano - Gosto de ti, porra!
Amárico - Afekrishalehou
Árabe - Ana Behibak (para um homem)
Árabe - Ana Behibek (para uma mulher)
Bávaro - I mog di narrisch gern
Birmanês - Chit pa de
Boliviano - Qanta munani
Búlgaro - Obicham te
Cantonês - Moi oiy neya
Catalão - T"estim
Checo - Miluji te
Chinês - Ngo oi ney
Cingalês - Mama oyata adarei
Coreano - Tangsinul sarang ha yo
Corso - Ti tengu cara (para uma mulher)
Corso - Ti tengu caru (para um homem)
Croata - Ljubim te
Dinamarquês - Jeg elsker dig
Eslovaco - Lubim ta
Esloveno - Ljubim te
Espanhol - Te amo
Esperanto - Mi amas vin
Flamengo - Ik zie oe geerne
Filipino - Mahal ka ta
Finlandês - Mina rakastan sinua
Francês - Je t"aime
Francês Canadiano - Sh"teme (falado, tem este som)
Frisão - Ik hald fan dei
Gaélico - Tha gra agam ort
Grego - S"ayapo (diz-se s"agapo, a 3ª letra é a letra minúsculo "gamma")
Grego antigo - Ego philo su
Gronelandês - Asavakit
Havaiano - Aloha i"a au oe
Hebreu - Ani ohev otach (para uma mulher)
Hebreu - Ani ohevet otcha (para um homem)
Holandês - Ik hou van jou
Húngaro - Szeretlek
Iídiche - Ich han dich lib
Indonésio - Saya cinta padamu
Inglês - I love you
Iraniano - Mahn doostaht doh-rahm
Irlandês - Taim i" ngra leat
Islandês - Eg elska thig
Italiano - Ti amo
Japonês - Kimi o ai shiteru
Javanês - Kulo tresno
Jugoslavo - Ya te volim
Klingon* - Qabang
Latim - Vos amo
Latim antigo - Ego amo te
Letão - Es milu tevi
Libanês - Bahibak
Lisboeta - Gramo-te bué, chavalinha
Lituanio - Tave myliu
Macedoniano - Sakam te
Madrileno - Me molas, tronca
Malaio - Saya cintakan mu
Mandarim - Wo ai ni
Mohawk - Konoronhkwa
Norueguês - Eg elskar deg
Panjabi - Mai taunu pyar karda
Paquistanês - Mujhe tumse muhabbat hai
Persa - Tora dost daram
Polaco - Kocham cie
Português (Portugal) – Amo-te
Portuense - Amo-te, carago!
Queniano** - Tye-mela"ne
Romano - Te iu besc
Russo - Ya tebya liubliu
Sergipano - Gostchu muintchu
Sérvio - Ljubim te
Servo-Croata - Volim te
Sioux - Techihhila
Sírio/Libanês - Bhebbek (para uma mulher)
Sírio/Libanês - Bhebbak (para um homem)
Sueco - Jag alskar dig
Suíço/Alemão - Ch"ha di ga"rn
Tagalo - Mahal kita
Tailandês - Khao raak thoe
Taitiano - Ua here vau ia oe
Tâmil - nan unnaik kathalikkinren
Télego - Neenu ninnu pra"mistu"nnanu
Tunisino - Ha eh bak
Turco - Seni seviyorum
Ucraniano - Ja tebe kokhaju
Vietnamita - Em yeu anh (para um homem)
Vietnamita - Anh yeu em (para uma mulher)
Vulcan* - Wani ra yana ro aisha
Zulu - Mena tanda wena

quinta-feira, 1 de maio de 2008

"Berat Kandili"






















As cinco noites sagradas do calendário muçulmano são chamadas kandil, cujo significado é vela em Português. Chamam-se assim, porque durante o império otomano colocavam-se velas nos minaretes das mesquitas para anunciar a celebração destas noites.
Atualmente, as mesquitas são também iluminadas em cada uma das cinco noites.
Esta noite celebra-se o Berat Kandili que representa, para os muçulmanos, o perdão dos pecados.
Nos dias dos kandil vendem-se os kandil simidi (roscas de sésamo), e em algumas casas faz-se helva (um doce à base de semolina e açúcar) ou lokma tatlısı (um doce feito com massa frita e coberto com calda de açúcar).