quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Museu do leque




















Houve um tempo em que as mulheres se abanavam com seus luxuosos leques para amenizar o calor. Esse acessório é elegante, cheio de mistério e irresistível. Até hoje o leque possui adeptos e colecionadores.
O casal Marie-Luise e Günter Barisch é aficcionado por leques. Tanto que os dois possuem um museu na cidade de Bielefeld ( Alemanha) , onde estão expostos 160 desses acessórios, originários de uma coleção que começou em 1980 com viagens pela China, Japão e Europa.

Um museu do leque é quase tão raro quanto esse requintado acessório. Na Europa, além da Alemanha, só existem mais dois museus do gênero, em Londres e Paris. O primeiro leque do casal Barisch foi adquirido em uma feira de antigüidades. Ele retrata o casamento de Maria de Medici com Henrique IV da França. O leque tem 250 anos e é um dos mais esplendorosos da coleção.

Outro leque luxuoso é o com que Ludwig II presenteou no ano de 1878 sua prima Elisabeth da Áustria, conhecida como a imperatriz Sissi. O museu possui também o leque das bodas de ouro do imperador alemão Guilherme I.

Para as jovens damas da sociedade da época, o leque era um acessório indispensável, controlado pelas mães. Afinal, o leque, quem diria, era a única possibilidade de as moças flertarem à distância. Tocar a borda do leque com o dedo significava "quero falar com você". Abrir e fechar o leque e encostá-lo na bochecha queria dizer "você me agrada".

Antigamente, conta Günter Barisch, os leques tinham a função de mídia impressa, eram espécies de jornais e revistas pois retratavam o que de importante acontecia no mundo. Os chamados "leques da revolução francesa de 1789" continham os nomes dos aristocratas guilhotinados. De modo geral, eles reproduziam grandes acontecimentos. Orgulhosos, os donos do museu alemão são proprietários de um leque de 1783 que mostra o primeiro vôo dos irmãos Montgolfier em um balão.

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