sábado, 13 de fevereiro de 2010

Acabou o carnaval.




















As serpentinas
Já não pairam pelo ar.
Os confetes colorem
O chão que fora
Passarela da ilusão
Em momentos
Em que o solitário
Se divertia na multidão.

As ruas redescobrem o silêncio.
O silêncio redescobre
A sua existência.
A presença da ausência
Constrói a saudade
De uma festa
Já sem subsistência.

Nas cinzas
De uma quarta-feira
Esconde-se o folião
Exaurido de corpo
E desiludido de alma.

Folião agora carente,
Que lembra com
Melancolia dos amores
De um carnaval já ausente.

Diante do dissabor,
E com um vazio
Sem igual,
O folião conclui
Com uma lágrima no rosto
Que acabou o carnaval.

BrunoricO.

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